Procura

sábado, 30 de novembro de 2013

David Bowie - Modern Love


E quem não ama essa canção? Bom domingo para todos que, assim como o Bowie, vivem amores modernos. :)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Entrevista - Trinkão Watts - Das Baquetas aos Pincéis


         Trinkão Watts é desses artistas natos e completos: cresce aprendendo a tocar bateria nos utensílios domésticos de sua casa, faz carreira tocando em bandas como Verminose, Magazine, Made in Brazil - bandas de importantes momentos do cenário musical brasileiro pós 1980 -, toca com inúmeros músicos do país, prestando seus serviços de percussionista e, após experimentar tantos enredos musicais, parte para as artes plásticas, chegando a produzir obras belíssimas, que encantam pela sensibilidade. Atualmente Trinkão é radialista e, nessa entrevista ao Mondo Teeno, ele irá falar de influências musicais, da trajetória da música no país, das ideologias dos jovens em sua época, o fator 'mercado' e 'gravadoras' para a produção dos músicos, sobre a cultura do país hoje, e do que ele considera interessante no cenário musical atual.

1Conte-nos sua experiência como Baterista de bandas do circuito Rio-São Paulo durante as décadas de 1980 e 1990. E se brincou com outros instrumentos também.

R:  Minha experiência se deu ainda garoto, me lembro bem tocando nas latas de biscoitos e panelas e baldes em minha casa, mais tarde, já na adolescência, ensaiava com algumas bandas formadas por garotos da minha idade, nas garagem do bairro onde morava.  No circuito Rio-São Paulo toquei somente com bandas de São Paulo, sendo que toquei muito no Rio também.

2- Gostaríamos que nos falasse sua percepção sobre o rock de garagem, e o punk rock em especifico, nascente no Brasil naquela época e sobre o rock'n'roll em geral, sobre como as bandas se articulavam no solo tupiniquim para viver essas experiências.

ROlha, durante os anos 60, 70, até meados de 80, a garagem foi muito importante no senário musical. Das garagens saíram grandes músicos e grandes bandas. Era maravilhoso! Cada esquina tinha uma banda ensaiando!
Bandas punks como Inocentes, Cólera, Garota do centro, Mercenárias, Olho seco, Camisa de Vênus e tantas outras bandas... esse movimento foi muito articulado, seria um tipo do grito da periferia, esse movimento tinha uma ideologia que hoje eu não vejo, hoje o que vemos pelas ruas são punks de boutique.

3- O que poderia nos contar sobre a influência de bandas de fora de São Paulo e de fora do Brasil para a obra das bandas em que tocou. Quais eram os grandes e pequenos nomes de músicos que vocês gostavam de reviver?

R: As influências eram diversas,  cada banda e músicos tinham em quem  se espelhar, seus ídolos. O grupo 365 tem uma grande influência do the clash , por exemplo. No nosso caso, tínhamos  uma pitada dos Rolling  Stones,  Animals, Dead Kenneds, Joy Division, Sex Pistols, etc...


4- Havia algum tipo de filosofia que norteasse o pessoal, em sua opinião? Se sim, como seria ela? Quais eram os livros e revistas que andavam na boca das pessoas com quem convivia e em especifico, os que você mesmo gostava de ler ou conversar sobre naquela época?

R: Sim, a filosofia da moçada era 'contra o sistema', contra a opressão, pela liberdade , pelo fim da censura. O livro que eu mais gostava nesta época era o 1968, que muita gente leu também. As revistas eram a Veja, a Carta Capital, e Época, etc... 

5-Como foi tocar na banda Magazine  com o Kid Vinil numa época em que Menudos era o mot de uma grande parcela da juventude? A nível de identidade, como você, enquanto músico, se diferenciava ou se aproximava da obra deles?

R: Eu e o Kid nos conhecemos em frente a um relógio de ponto, pois trabalhávamos na mesma empresa, e ali nasceu uma grande amizade entre nós. Ele com alguns discos de rock debaixo do braço e papo vai, papo vem, acabamos montando o grupo Magazine. Eu nunca torci o nariz para o trabalho dos Menudos, e os adolescentes curtiam esse som.

6- O que significou passar de uma banda do estilo Verminose para um projeto como Magazine?

R: Foi por oposição da gravadora, pois eles achavam que o Verminose não tocaria nas FMs .
  
7-O que pensas da música dos anos 2000, achas que o país caiu numa crise de criatividade ou é possível ver boas bandas surgindo?

R: Não vejo nada animador, a sensação é que falta talento em todas as áreas, no teatro, no humor, na música, vamos torcer que surja alguma coisa boa por aí, com esses funks está mal.

8-Como entende a música feita pelo Made in Brazil,  essa grande banda dos primórdios do rock brasileiro? Como foi com os mesmos?

R: O Made dispensa qualquer comentário, The Best...  tocar com eles foi  maravilhoso.

9-Nos fale sobre seus outros projetos culturais e musicais que não foram citados aqui, como por exemplo as parceiras com Amado Batista.

R:Projetos culturais: sou artista plástico também, estou desenvolvendo trabalhos de pintura para uma breve  exposição. Quanto ao Amado Batista, para mim é um grande gentleman, um cara formidável e tocar com ele foi uma grande honra.

10- Conte-nos sobre seu programa de rádio, que tipo de trabalho vem desenvolvendo no mesmo? Qual, na sua opinião o papel do radialista e do comunicador social hoje? O que pensas sobre os programas de rádio que vem sendo desenvolvidos pelo país?  

R: O programa pode ser sintonizado na rádio globo AM 1.100. Faço a produção do programa. O papel do radialista e do comunicador é muito importante, por formar opiniões, mas o que vejo hoje em dia é que faltam talentos grandes na área. Eu acho os programas que vêm sendo desenvolvidos bem legais, mas deveriam dar mais ênfase nas coisas do nosso país.

 11-Qual a produção cultural de sua autoria que mais curte, seja ela música, programa , texto, arte, etc...?


R: Gosto muito das ilustrações que fiz para algumas revistas, capa de discos. etc...

 12- Que música e bandas (atuais ou antigas) tem gostado de ouvir nos tempos de hoje? Conte-nos se está lendo algum livro ultimamente (ou sobre o ultimo livro que leu) e o que achou do mesmo.

R: Das atuais Artic  Monkeys, Franz Ferdinand, Charlie Brown JR . Das mais antigas, Rolling  Stones, Beatles, Black Crowes e etc...
Estou na metade do livro Memorias de um Sargento de Milícias, e estou curtindo bastante o livro até o momento.

13- Nos fale do que pensa sobre a internetização da cultura brasileira. Temos algo a ganhar e algo a perder com ela? 

R: Eu vejo com muito medo, temo perder a nossa identidade.

14-Tens um lado espiritual muito bonito, como foi reviver esse lado durante esse tempo em sua vida? Acreditas que rock'n'roll pode, de alguma forma, atrapalhar esse lado?

R: Procuro viver na melhor forma possível, sem fazer mal a ninguém. Pelo contrario, o rock'n'roll  não interfere em nada.

15- Você é uma pessoa até hoje sabemos, com uma obra  muito querida por seus amigos e família. Qual a importância da família pra vida da música? Achas que a família  é um valor que deve ser preservado ou precisamos entender família de uma forma diferente nos dia de hoje?

R: A família é um ponto chave de uma sociedade, eu sou muito família, a violência que nós assistimos todos os dias no mundo é resultado da falta de uma família estruturada .

16- Deixe uma mensagem para os jovens, e leitores do Mondo Teeno,  em geral!  

R:  Amigos, curti muito essa entrevista, valeu mesmo, deixo  um grande abraço...


17-Onde poderão os leitores entrar em contato com sua obra antiga e atual? Deixe um contato de e-mail seu!

R:  No facebook e no e-mail: trinkao batera@hotmail.com

Ronnie Von e os Haxixins - Quando Éramos Príncipes


            Pessoal, acabou de sair o primeiro documentário brasileiro dedicado a Ronnie Von. O filme é do jornalista e escritor Ricardo Alexandre, e fora produzido em parceria com a Tudo Certo Conteúdo Editorial, a Vira-lata Filmes e a Globosat, dirigido por Caco Souza. O documentário, com o título pra lá de sugestivo Quando Éramos Príncipes, fala da importância do cantor para a música e o rock'n'roll brasileiros, explora o seu aspecto psicodélico e experimentalmente pop, os altos e baixos de sua carreira e seu papel precursor no cenário da música brasileira que, àquela altura - fim dos anos 1960 e começo de 1970 - estava se reinventando pelas mãos da juventude. O trabalho conta com vasto acervo arquivístico relacionado à carreira do mesmo, e também com entrevistas de amigos e referências do cenário musical brasileiro, como Rita Lee, Arnaldo Saccomani e Manoel Barenbein. Um outro ponto extremamente cativante do trabalho para nós, apreciadores de um bom som de garagem, é que o mesmo está recheado com a audácia musical da banda os Haxixins Fuzz, que fora convocada em caráter extraordinário para servir de base harmônica aos vocais de Ronnie Von, o príncipe do Brasil! O documentário irá estrear no canal BIS (antigo Multishow HD) na segunda, dia 2 do mês de dezembro, às 19:30 da noite. 

Para ver o teaser do documentário, acesse o link: http://www.youtube.com/watch?v=0YBAZHVuzuQ&feature=youtu.be


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Viviani Fujiwara - Arte nos Muros


        A talentosa artista plástica Viviani Fujiwara está agora espalhando a beleza de suas cores pelas ruas de Natal, capital de Rio Grande do Norte. Essa empreitada faz parte de um novo projeto que foi criado com a intenção de escrever nos muros, deixando mensagens lindíssimas, oníricas - como suas telas já mostravam - e capazes de encantar os transeuntes. O projeto foi criado, entre outras variantes, com a finalidade de explorar o universo graffiti do spray, essa técnica tão amada pela juventude do século XXI, e que, pelas palavras da própria Viviani em comentário para o Mondo Teeno: "por incrível que pareça, é bem difícil de dominar". A artista, já bem conhecida por suas telas de tom fantasioso e surrealista, começou a explorar o graffiti a partir de trabalhos que realizou esses meses passados com o Coletivo Aboio, mas esse projeto independente a que nos referimos agora, começou a ser levado a cabo por iniciativa dela própria. Sua arte nos muros é dotada de mensagens bonitas, que nos fazem refletir, que nos tiram da paralisia diária acinzentada, que só o concreto urbano sabe construir. 
       Pelas mensagens em sua arte por graffiti, podemos ver seu coração bonito e generoso, que se preocupa com os animais, que nos incita a observar os felinos, a adotá-los, a cuidar desses seres tão especiais. Na realidade, a temática do felino é uma constante na arte de Fujiawara, quem não se lembra da série Pardos de seu trabalho, toda dedicada aos gatos? Além disso, há uma imagem criada nos muros, pela artista, que nos intriga pela percepção geopolítica, inclusive, é uma arte que, pelo que a própria nos contou, será transformada em lambe-lambe. A imagem a qual nos referimos, denominada 'O Ocidente Também Oprime' é bastante especial, pois retrata uma mulher vestida com um hijab, com a boca tapada por algo que em alguns momentos lembra uma cédula de papel-moeda, e em outros momentos lembra uma seda, mostrando  por essa ambiguidade e inexatidão, a importância de observarmos a relatividade cultural entre ocidentais e orientais, uma imagem que nos faz questionar sobre o valor dito libertador da nossa cultura citadina e pós-industrial. Enfim, a nova empreitada de Fujiwara nos felicitou muito, seja pelas cores e maestria em cuidar dos traços, seja pela temática e pela generosidade em trazer a beleza de seu pincel para as ruas, onde todos podem ver e ser tocados por sua sensibilidade.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pensamentos saudáveis


Melhor é que busquemos hábitos de vida saudáveis, pensamentos saudáveis, que equilibrem nossa vida e nos mantenha em harmonia, tentando cultivar o respeito às pessoas e tratando-as dessa forma, é sempre melhor tecer uma ponte na rede da vida do que queimar suas conexões com o mundo. A gratidão ainda é a melhor saída. Um abraço para todos/as, ótimo fim de semana!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Faça seu próprio disco de vinil!

Pessoal, o site IdeaFixa acaba de ensinar como fazer para confeccionar seu próprio vinil, tendo por base um outro que você goste muito.
Segue matéria:


Discos de vinil possuem um lugar único no mundo da midia musical. O disco é o único que não pode ser duplicado, assim como fitas cassete, CDs, DVDs e nossas queridas mp3s.  A Ideafixa (e o Mondoteeno) não faz apologia à pirataria, não faz downloads de nada e nem tenta recriar receitas culinárias de lugares famosos, que fique bem claro. Fica a dica pra quem quer saber mais ou menos, como é a confecção de um disco.









1. Faça um quadrado com tiras de madeira, e use uma chapa de vidro como base. Sele tudo com aquelas massas de janela beges.
2.Ponha seu disco dentro da caixa, se certificando que o lado a ser copiado esteja virado para cima. No buraco do disco, coloque um pouco da massa de janela para fazer a marcação.
3.Misture o silicone 3 minutos, antes de coloca-lo na caixa.
4.Despeje a mistura a partir de um canto da caixa. Deixe uniforme, com mais ou menos um centímetro de espessura. Deixe secar por 6 horas.
5.Retire o molde com cuidado. Corte o excesso das laterais.
6.Despeje o plástico líquido no molde.
7.Não deixe o plástico sair do molde. Você pode tirar as bolhas de ar com um pincel.
8.Tire com cuidado seu disco do molde. Com uma furadeira, faça o furo central, previamente marcado. 9.Você pode reutilizar o molde de silicone para fazer outras cópias.
10.Agora você tem seu próprio disco pirata. (Uhul)