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domingo, 29 de setembro de 2013

Revista Zine Paint it Black - Arte e Cultura pós II Guerra Mundial


O que é o moderno? A que eventos históricos e transformações sociais ele está ligado? Essas perguntas são pertinentes, porém muito amplas. De qualquer modo, o moderno carrega, em sua esteira, repercussões culturais as mais diversas. É esse o mote da revista zine Paint it Black!
Estando em sua segunda edição, conta com textos incríveis sobre arte, música e cultura em geral, ligada às gerações pós II Guerra Mundial
A quem interessar dar uma olhada, tem textos muito bem informados e curiosos de vários seres pensantes e formidáveis desse país, inclusive nós mesmas, que colaboramos para este blog! O zine, que é feito de forma colaborativa, conta com textos da geógrafa Gabi Ortiz, da crítica Haline Pichinin, da artista plástica Maísa Ferreira, do músico Caio Braga, do geógrafo Murilo Caixeta, da fotógrafa e historiadora Aryanne Audrey, da acadêmica de história e direito e música Eva Cristina, da comunicadora social e também fotógrafa Yanic Braga, além de Pedro Rodrigues, Pedro Henrique, Ceci Oliveira e muitos outros talentosos amantes da cultura juvenil, artística e musical desse mundo moderno. 
A segunda edição, que foi lançada no Encontro de Zines e Publicações Independentes de Brasília em Julho deste ano, conta com uma entrevista empolgante com o criativo ilustrador espanhol Álvaro Ortega, responsável por prestar ao mundo, com sua arte, imagens de mods, ilustrações dos Beatles e etc, que vêm sendo usadas por diversos centros culturais mundo-afora. Além disso, o zine traz resenhas sobre bandas como Rios Voadores de Brasília; do produtor de Powerpop natural de Memphis, Alex Chilton; sobre o boxeador Muhammad Ali; sobre a banda brasileira dos anos 1960, Os Incríveis; comentários críticos sobre os caminhos da modernidade, além de ilustrações cheias de bom gosto estético. Confiram!

Há uma versão on-line para quem quiser matar a curiosidade: http://issuu.com/paintitblack/docs/paint_it_black_2_-_para_impress__o/34?e=7736764/4162559

Para quem quiser adquirir uma versão impressa, segue o link para contato com os fornecedores, o preço de R$ 4,00 é simbolico, para custear a produção: https://www.facebook.com/pages/Zine-Paint-It-Black/135983076583521?fref=ts


sábado, 28 de setembro de 2013

Aryanne Audrey Fotografia - Lançamento de Site

Quem gosta de retratos? De fotos de seres humanos? De capturar imagens de seres humanos em interação com objetos variados? Com cenários belos e inspiradores? Este é um dos motes fotográficos de Aryanne Audrey, uma jovem fotógrafa brasiliense que vem encantando muitos com sua imagens, sejam elas femininas, sejam elas imagens de crianças. Audrey está levando a cabo um novo projeto chamado mulher-objeto, o qual consiste em ensaios que tentam capturar o feminino em conjunto com objetos de valor emocional para a pessoa que está sendo fotografada. Muito interessante! Quem quiser conferir um pouco mais do trabalho desse talento, visite o site que acabou de ser inaugurado e está repleto de bom gosto estético: http://www.aryanneaudreyfotografia.com/#!quemsoueu/cxth 


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sobre aquela saudade do que não sabemos - Flávio Siqueira



Você já sentiu saudade de algo e não sabia exatamente o que era? O estudioso da psique, Flávio Siqueira, propõe que isso representa internamente um distanciamento do eu em relação à sua essência, muito interessante. Assistam!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Entrevista: Yanic Braga - Luz, Câmera e Emoção.

Uma fotógrafa, uma máquina e o mundo. Yanic é uma artista brasiliense que se criou no meio da cidade. Vivendo, praticando alguns hobbies, se dedicando à academia (artes e comunicação social), e de repente, lá estava ela, com uma grande -e diversificada em temáticas- produção artística. Hoje, em entrevista ao Mondo Teeno, ela falará um pouco sobre fotografia, cultura e sociedade.

Yanic, antes de mais gostaríamos de agradecê-la pela entrevista, sua fotografia é muito tocante e sabemos que tem muito a mostrar ao mundo com ela. Vamos à entrevista!


1   1) Acreditamos que suas fotografias representem bem as cidades, em um aspecto íntimo e personalístico, elas mostram cenas, pessoas, lugares, sempre têm algo de humano, nem que seja um mínimo vestígio. Como você escolhe as fotos que irá tirar? Que imagens tenta buscar?
Quando eu comecei a fotografar ia no espírito de levar a câmera para qualquer lugar e fotografar o que eu achasse que valia a pena. Isso criou um conjunto de imagens bem familiares, de amigos, lugares cotidianos. Hoje em dia não faço mais isso, eu costumo sair com a minha câmera, ou com uma ideia do que fazer, ou com a ideia de fazer algo. Claro que eu faço foto cotidiana, mas a relação com a câmera mudou, eu uso o celular para registros cotidianos e a câmera para tentar criar algo ou registrar um evento bacana. 

2)Gostaríamos que nos falasse um pouco sobre suas influências artísticas. Sabemos que gosta da obra retrato da juventude de Mapplethorpe, parece ter influências da arte pop, busca trabalhar com afinco a luz e o sentimento nas fotografias. Quem são suas referências?
Minhas referencias são primeiramente das artes visuais e do cinema. Eu tenho como base, até pela época em que nasci, toda a vibe dark do gótico dos anos 1980 e a estética fantástica de Tim Burton. Esse é o meu imaginário básico, que não costuma aparecer nas fotos mas é o que me atrai nos artistas em geral. Dentro das artes, eu gosto muito do movimento surrealista que conta com artistas como Man Ray (que também era fotógrafo) e cada vez mais incorporo a Pop Art. Os fotógrafos que mais me inspiram sem dúvida são Diane Arbus, Richard Avedon, Robert Mapplethorpe e Cindy Sherman. Todos esses artistas, com exceção de Richard Avedon, trabalharam com o estranho, incomun, o não-visto. É isso que me atrai e me impulsiona. Além desses, também gosto muito do tropicalismo brasileiro e toda a sua estética musical e na moda. Impossível não pensar em Hélio Oiticica e também no modernismo de Brasília, na minha formação, além de próprios produtos da cultura de massa como programas de tv, novelas, filmes enlatados... verdade seja dita, sou uma grande esponja cultural.

3)Há muitas menções à música em sua produção, como esse aspecto sonoro teria influenciado a produção de suas imagens? Quais músicos e bandas considera capazes de guiar uma boa foto? Como mixar imagem e som sem cair na opção do filme?
Eu acho que música é o que tem que te acompanhar em todos os momentos. O fato é que em cada foto que eu escolho mostrar há a possibilidade de encaixar uma letra de música por que a música diz muito sobre nossa própria vida, assim como as fotos. Eu tenho várias bandas preferidas, teve períodos em que bandas como Placebo ajudavam a traduzir bem minhas fotos, hoje em dia eu diria que eu tô numa onda mais nouvelle vague francesa, entre Air e Serge Gainsbourg (seja lá o que isso significar).


4)O trabalho desse ano de 2013 ‘Beyond Beauty’ nos toca pelas tonalidades, por ser belo e, ao mesmo tempo,  ‘creepy’. Percebemos que a estética do terror permeia algumas fotos suas. Como você entende a importância desse aspecto em sua  fotografia? Há uma mensagem a passar?
Confira 'Beyond Beauty' Aqui!
Eu tenho como um dos temas recorrentes a relação entre a mulher e a beleza, desde uma abordagem estética até mais politica (feminista). Este trabalho foi feito com a ideia de recriar poses de musas do cinema americano mas usando como contraposição à suavidade da pose o choque da imagem de caveira. A ideia é causar desconforto, mas ao mesmo tempo trazer a sensação do belo. A caveira é usada para evocar a perenidade da beleza que, apesar de tudo, somos todos mortais e a beleza é passageira.

5)É possível identificar oposições nas suas temáticas. O jovem e o velho, o belo e o feio, o homem e a mulher. Qual a importância disso? Em que medida isso desperta o interesse das suas lentes?
Eu acho que isso é feito inconscientemente. Eu sou uma fotógrafa preguiçosa, não costumo procurar temas (estou me acostumando a fazer ensaios), então eu aproveito o que está ao meu alcance. No fundo, assim como Diane Arbus, eu procuro a beleza nos contrastes e na estranheza.

6)Fale-nos um pouco sobre o seu projeto de 2009, “Ser Tatuado”. Pudemos encontrar um apanhado bem diverso da juventude brasiliense alí. Apesar de todos tatuados, vimos pessoas bem diferentes tanto  a nível de nichos sub-culturais quanto  a nível socio-econômico, sabemos que foi um trabalho com viés acadêmico mas, gostaríamos de entender  de que outras formas esse trabalho representa a sua produção.
Confira 'Ser tatuado' Aqui!
Esse trabalho foi bem experimental e talvez eu o retome algum dia. Eu gosto muito dele por que eu consegui entrar em contato com pessoas muito diferentes, mas muito singulares e é isso que eu procuro. Além da própria experiência com a pessoa fotografada, acho que se cria um vinculo muito diferente quando se faz retratos. Essa pseudo-intimidade permeia todo meu trabalho, acho que é o que me motiva, para falar a verdade.

7)Com grande felicidade, enxergamos a presença de animais domésticos em suas fotografias. São imagens lindas desses companheiros. Elas passam um sentimento muito forte de intimidade. Como os animais compõem esse cenário inspirador?
Animais são dificílimos de fotografar. Eles não param quietos, eles não posam, eles não se importam com a foto. Quando a gente tenta fotografar um animal a gente tem que se sujeitar a ele e para o fotógrafo isso é uma perda total do controle que é próprio da fotografia. Eu adoro fotografar bichos por que eles te olham nos olhos. Inclusive, uma das minhas cachorras, ironicamente, não gosta de foto. Eu ligo, a câmera ela sai de perto de mim, é bizarro. É claro que eu consigo fotografá-la, mas só por que a gente tem uma relação de confiança. Além do amor genuíno que eles expressam, isso é muito legal dos bichos.

8)Os trabalhos 'Paris e O Amor' e 'London Calling' são lindos, são imagens não comuns desses dois grandes epítetos da França e da Inglaterra, respectivamente. O que há da Europa na arte que procura retratar? Como entende a oposição local/geral na fotografia que busca fazer? Há espaço para ver a brasilidade ou estamos todos vendidos culturalmente? Isso é importante em sua opinião?
Esses trabalho são favorecidos pela ocasião. Quando a gente viaja pra Europa é inevitável o choque cultural, principalmente para brasiliense acostumado com a nossa cidade modernista. Para mim a grande diferença desses países é que lá as pessoas vivem a cidade, elas saem de casa. Isso traz uma necessidade muito maior de ter cidades em que as ruas sejam habitável e amigáveis para as pessoas. Eu acho que a brasilidade nesses trabalhos se dá na medida em que eu retrato uma realidade que tá fora da minha, eu estou sempre me posicionando ou como a turista ou como a voyeur a procura de momentos que para mim são inusitados. Nesse sentido, eu acho que vale a pena andar inclusive sem uma câmera, para viver aquilo, e depois pensar na captura da imagem. Quanto à brasilidade, eu acho que sim ela é muito forte no meu olhar. Primeiro por eu ter inevitavelmente esse espirito sacana Macunaíma. Por outro lado, a gente aprende a valorizar a própria brasilidade quando tá em outro país. Existe sim uma espécie de cultura colonizadora imposta ao Brasil, mas nós somos o país do remix. Aqui a gente já nasce sabendo adaptar tudo e isso é uma característica da nossa cultura. Eu não sei como a brasilidade se encaixa exatamente no meu olhar, mas acho inevitável essa sensação de olhar estrangeiro em fotos dessas cidades, acho que a diferença é que eu não procurei os monumentos, eu procurei retratar mais os ritmos urbanos...
Confira 'Paris e o Amor' Aqui!

9)Alguns trabalhos seus são frutos de estudos e necessidades acadêmicas, acreditas que para o artista a academia seja uma escola ou um limitador? Como vê esse aspecto da criatividade nesse ambiente?
Eu acho que depende muito. Com a formação que eu tenho (em artes e comunicação) eu percebo que há uma certa distancia entre a academia e a arte, mas ao mesmo tempo uma não vive sem a outra. Os grandes curadores são acadêmicos, mas nem todo artista estudou. A arte “embasada” foi vista muitas vezes como uma maneira de manter a arte com as elites e manter a arte como um produto do que sai de uma grande escola e tudo mais. Hoje em dia o que eu acho é que o meu trabalho como fotógrafa tem a ver com o meio acadêmico, mas ele não depende da academia para existir. Pelo contrário, meu interesse acadêmico pela fotografia necessita da minha criação fotográfica (acho que todo pesquisador de fotografia vai falar isso). Então, no meu caso, é um processo autoalimentado. Nos dias de hoje o que vale é que você tenha conceito e consiga superar a cultura de massa, sem necessariamente negá-la, que você diga algo mas não necessariamente se exponha (as vezes o mistério é o que traz louvor ao trabalho) e seja atual (no sentido de ser digno de ser noticiado). Na fotografia é mais difícil por que se tem a impressão de que qualquer pessoa que domine uma técnica é capaz de produzir uma foto, sendo que a técnica é secundária. Um bom fotógrafo não é o melhor fotógrafo, mas o mais sincero. É preciso ficar atento para a linha entre a foto publicitária e de moda e a foto de arte. Isso sem contar com o fotojornalismo e todos os subgêneros que existem. A fotografia é um tema que muitas pessoas acham que já foi resolvido, mas numa sociedade como a nossa eu acredito que ainda há muito para se analisar e estudar.

10)Achas que na era da reprodutibilidade técnica a fotografia é um produto sem aura, e portanto não deve ser considerado arte, ou achas que a iconicidade da fotografia  está para além dessas nuances?
Eu acho que a foto está além da imagem e depende sim da intenção do autor. Eu considero que toda foto que eu faço (com exceção de festas, eventos de família e tal) são criativas, mas elas só se tornam artísticas quando eu desenvolvo um conceito. Um fotógrafo como o Mapplethorpe só pode ser o que é por que o mundo da arte o aceitou, o que possibilitou financeiramente que ele existisse como artista. E essa relação existia também com a pintura e todas as outras formas de arte. O artista só existe por que alguém o mantém, é uma bobagem discutir o caráter artístico da fotografia principalmente na pós-modernidade. É preciso sempre lembrar que a “crise” que as artes encararam quando a fotografia foi criada só evidencia uma realidade: a elite sempre pagou pelas artes. Quando a arte se torna acessível, a elite perde esse privilégio e passa a desvalorizar as novas possibilidades artísticas. Claro que a discussão é maior, László Moholy-Nagy (diretor da Bauhaus), por exemplo, já via grandes possibilidades artísticas dentro da própria fotografia, enquanto Baudelaire, anos antes, sustentou firmemente que a fotografia NUNCA seria arte; anos mais tarde Roland Barthes fala que a fotografia só registra e ignora toda a sua complexidade (sua análise cabe muito bem para análise de conteúdos publicitário) e anos mais tarde é tanto criticado como apoiado. Hoje, com a ‘vulgarização da imagem’, a relação que se tem é completamente outra, tem quem não chame a fotografia digital de foto, tem quem pense que a fotografia morreu, tem quem ache que ela está no auge de sua existência. Para mim, a fotografia é um meio de criar significados e por isso tem grande capacidade artística, mas é preciso não se iludir com os aparatos técnicos, o que faz a foto não é a câmera, é o olho.

11)Você acredita que a foto pode ser considerada um fator de consciência, no sentido de ser uma chave para a memória, de fazer as pessoas se lembrarem de quem são, ou é a fotografia um fator de ebriedade, lugar de transfiguração?
Os dois. A fotografia muda toda a temporalidade dos acontecimentos e todo o regime de verdade. As temporalidades mudam por que a foto marca o tempo, ela pode ser usada como elemento de comparação de gerações e como uma maneira de validar atos sociais. Nesse sentido, pensando até numa ideia mcluhiana, a fotografia é sim uma extensão da sua realidade e, nos dias de hoje, isso é evidenciado pelo seu grande compartilhamento. Você viaja para fotografar ou fotografa enquanto viaja? Ao mesmo tempo, os artistas-fotógrafos (uma diferenciação feita por alguns teóricos) buscam em suas fotos diversos meios de criar. A fotografia nesse sentido é democrática, ela permite até ao amador desenvolver sua criatividade sem querer necessariamente ser artista, basta ter uma câmera.

12) Numa fotografia existe aquilo que o fotógrafo intencionalmente quis produzir e aquilo que o escapou, tendo, porém, ocupado um espaço na imagem. A isso Barthes chamaria de studium e punctum. O que pensas sobre as máximas psicológicas do consciente e do inconsciente  no que diz respeito a capacidade do artista de ter controle sobre sua obra?
Eu acho que Barthes fala de uma maneira muito objetiva da fotografia, não acredito que o importante seja a listagem dos elementos que aparecem na imagem, essa análise nem sempre é cabível, ele ignora a criação de cada ato fotográfico. Mas é compreensível por que ele não era fotógrafo, sua relação não é tão direta. Eu acho que em obras como as do movimento surrealista, há uma criação que pode ser intencionalmente analisada e a de alguns artistas dizem muito sobre o próprio artista. Por exemplo, na obra de Diane Arbus, diz-se que é possível compreender o deslocamento social que causava a depressão que a artista sentia e que a levou a cometer suicídio. Mapplethorpe era ninfomaníaco e isso se mostra claramente durante toda sua obra. Alguns artistas usam a fotografia como uma maneira de se tratar, outros para criar uma realidade que eles não possuem, outros para venerá-la, outros para eternizá-la... Richard Avedon, por exemplo, era um grande retratista, tem uma foto clássica da Marilyn Monroe em seu auge em que é quase palpável a tristeza de Marilyn. Essas pequenas verdades são visíveis em grandes fotógrafos.

13) Fale um pouco sobre seu projeto com a lomografia. E se entendes essa alienação frente às formas de produção, inclusive da arte, em que a modernidade caiu, como um ponto de não retorno. Está tudo perdido e devemos nos adaptar ou é possível estabelecer alguns parâmetros para não perder de vez as estribeiras?
O meu projeto é sobre a lomografia como uma forma de contra-movimento à fotografia digital. Eu vou analisar alguns grupos de fotografia de Brasília e a avaliar por que se faz fotografia analógica em uma realidade em que sequer é necessário ter câmeras para produzir fotos. Daí, eu vou fazer uma análise sobre a relação entre técnica e ideologia e o que mais eu encontrar no caminho. Eu sou otimista, acho que a nossa sociedade imagética ainda vai se modificar e vamos finalmente nos acostumar com as imagens a parar de venerá-las. A própria persistência da fotografia analógica e todo o ritual de revelação de filme muda a relação das novas gerações com a própria imagem. A visão de que engolimos tudo sem modificar nosso imaginário, nossa relações com o que reproduzimos para mim não convém, é uma supersimplificaçao. Não somos só receptores passivos, ciborgues programáveis, cada dia mais as coisas mudam e novos significados surgem.

14)Está lendo algum – ou alguns – livro no momento? Se sim, qual? Conte-nos algo sobre ele. Que
tipo de literatura te inspira a fotografia?
Agora que estou de férias, estou voltando a ler alguns livros que tavam ali parados. Atualmente eu tô lendo o “Deuses Americanos” do Neil Gaiman e “God Desolution” do Richard Dawkins e um quadrinho do Sandman. Na lista de espera estão o Firestarter do Stephen King e os três Fundação do Asimov... eu gosto muito de ficção cientifica e fantasia, inclusive tô com uma ideia de fotografar uma morte com ceifão e tudo mais. Eu curto muito essa ideia de você pegar uma ideia e transformar em uma criação visual, principalmente por que esses gêneros têm sim uma estética fantástica. Eu também acho inspirador os monstros e tudo que envolve eles. O medo, o horror, o tosco, o indescritível. Eu acho que todos esses sentimentos literários também estão na fotografia.

15)Deixe uma mensagem para a juventude e para os leitores do Mondo Teeno!




Não se deixem levar pela leviandade dos novos meios, produzam antes de reproduzir!



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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Lynyrd Skynyrd - Simple Man


E para refletir nessa terça morna, mais uma canção lendária, dessa banda do sul da Flórida. O Lynyrd Skynyrd teria sua origem remontando aos agitados anos 60, mas só explodiria na década seguinte, quando o Southern Rock - estilo que, além do Lynyrd, incluía também bandas como o Allman Brothers - estava no auge. Nessa década, lançam um disco de peso, que os fará levantar a bandeira do seu country-blues-rock por muitos países, o disco fora gravado pelo selo MCA Records, e mostrou ao mundo essa bela canção, Simple Man, em que uma mãe aconselha seu filho, que está prestes a deixar o seio familiar. Seus conselhos chegam para que o rapaz se dedique a sua vida adulta, seus conselhos são tocantes, e a suavidade da melodia nos guia pela história emocionante que esse rapaz, personagem da canção, teria vivido. 
O primeiro palco estrangeiro que a banda enfrentou foi o londrino, ao lado do The Who. Aliás, o rock britânico, diga-se de passagem, foi um grande influenciador, como não poderia deixar de ser, do blues rock dessa banda, que tinha como leaders a família Van Zant. Mas, de onde teria surgido o nome dessa banda? Nome estranho, quem pode entender esse nome? Uma das versões da história diz que os membros da banda, que se conheceram ainda na high school, tinham muitos problemas com o professor de educação física, o qual implicava demasiadamente com o tamanho das madeixas desses rapazes. Foi assim que, em um dos shows, fizeram uma enquete para o público e perguntaram se eles eram a favor que o professor, Leonard Skinner, levasse a honra de ter a banda usando seu nome. A platéia, que conhecia o professor, adorou a história! E foi assim que usaram o nome do professor para sua banda, apenas trocando as vogais pela letra 'y' para, supostamente, preservar a identidade do algoz. Jeito estranho de lidar com os traumas, não é mesmo? Mas tudo bem, traumas à parte, a banda continua na ativa até hoje, obviamente, com mudanças de membros. Acima, foto de Ronnie Van Zant, que já partiu dessa para melhor, mas esteve a frente da banda em seus anos dourados. Sejamos todos e todas, como a música nos incita a sermos, homens e mulheres simples!

domingo, 1 de setembro de 2013

September - Earth, Wind & Fire



Maravilhosa apresentação dessa grande banda: Earth, Wind & Fire!. O fundador da banda, Maurice White, trabalhava na idéia da mesma desde os anos 1940. Só pôde concretizá-la, entretanto, em 1969, quando ele e seus demais colegas músicos, conseguiram fechar contrato com a Capitol Records. Lá naquela lendária cidade de Memphis, fizeram história entre as bandas locais, tanto que, em 1978, foram contratados pela Unicef para compôr esse single September, servindo de música tema para suas políticas internacionais. A banda tem inúmeros sucessos, que ficaram conhecidos por filmes e coletânias de soul, disco e funk espalhados mundo afora. Um outro detalhe interessante, que talvez chame a atenção de alguns de vocês leitores e leitoras, seja o nome da banda. De onde raios teria vindo esse nome tão místico? Pois é, veio exatamente daí, do misticismo da família White. Aparentemente, o nome teria vindo dos elementos que compõem o signo de sargitário, que é o signo de Maurice. Esses elementos seriam, como o nome da banda mostra, a terra, o ar e o fogo. Apreciem!