Procura

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Wilson Baptista, o rapaz folgado!


É lançado cd O Samba Carioca de Wilson Baptista, no qual a obra do memorável sambista é regravada na voz de vários cantores brasileiros. O cd, lançado pela Biscoito Fino é fruto de uma peça, já exibida no Rio de Janeiro, tendo São Paulo como sua próxima estadia.
Wilson Baptista, enquanto vivo, travou alguns combates com Noel Rosa, a respeito da figura do sambista. Seria ele um malandro ou um homem civilizado como outro qualquer? Este estudo é feito por Deisi Horn e Douglas Passoni. A trama toda começou quando Wilson Baptista lançou "lenço no pescoço", onde proclamava seu orgulho em ser vadio e associava a imagem do sambista a malandragem. Noel se sentiu incomodado e mandou logo uma resposta bem direta, compondo "rapaz folgado" onde dizia a Baptista 
"...deixa de arrastar o teu tamanco, pois tamanco nunca foi sandália, tira do pescoço o lenço branco, compra sapato e gravata, joga fora esta navalha, que te atrapalha..da polícia quero que escape, fazendo samba e canção, já te dei papel e lápis, arranja um amor e um violão... malandro é palavra derrotista que só serve pra tirar todo o valor do sambista, proponho ao povo civilizado não te chamar de malando e sim de rapaz folgado..." 
Batista se sentiu ofendido e reagiu compondo o "mocinho da vila" onde dizia
 "se não quiser perder seu nome, cuide do seu microfone e deixe o malandro em paz!"
É mesmo uma resenha! E muito cômica a intermusicalidade de uma trama, ou como ela pode se dividir em canções de fontes diferentes. Confiram o disco!

sábado, 25 de junho de 2011

Tim Maia - Universo em Desencanto



Esse som é lindo, parte integrante de um dos melhores álbuns de Tim Maia. É o quinto álbum, Tim Maia Racional, Vol 1. Um álbum de um cantor competente, aqui, em sua melhor forma, tanto temática, quanto musical. Se o mundo está perdido no pandemônio de referências culturais que transformam a mente do indivíduo num labirinto, a ideia da cultura racional, certamente, pode significar para ele o fio de ariadne.
O homem racional vê que o ocidente desencantou o universo humano. Criando um mundo técnico, que separava cada vez mais o homem de sua matriz espiritual, e certamente humana. Estando todos fixos agora às suas mentes indefesas diante de um mundo que não se compreende, que as faz adoecer, que as enche de psicopatias e comportamentos viciosos. Este álbum é de 1975, época em que o ocidente começava a se abrir pras religiosidades orientais.

domingo, 19 de junho de 2011

Blackbird - SR-71 - Um Sonho Moderno


O Blackbird, um avião produzido pela Lockheed, foi e ainda é ícone da tecnologia aérea mundial. Seu modelo é semelhante ao de uma espaçonave, e ele de fato voava muito mais alto que a maioria dos aviões até então produzidos, chegava a 80,000 pés de altitude e isto de fato dificultava a vida da tripulação, que precisava usar severas roupas para manter a consciência nesta altitude, conseguir respirar, não morrer congelado em vôo e sobreviver à necessidade de ejeção. Sua engenharia foi pensada nos anos 1940 por Clarence Kelly Johnson, um importante engenheiro norte americano, mas o avião teve sua estréia nos céus em 1964.

A esta altura, havia sido desenvolvido para operações de reconhecimento de terreno, tendo sido usado, inclusive, na guerra do Vietnã, para o mesmo fim. Mais tarde, nos anos 1970, o Blackbird teve sua primeira "aposentadoria", quando o desenvolvimento da tecnologia de satélites, mais barata, poderia ser usada para o mesmo fim.

Várias reuniões fizeram, entretanto, o governo norte americano voltar atrás nesta decisão várias vezes, pois apesar dos satélites serem mais baratos, o lockheed conseguia enxergar as movimentações das bases inimigas, fugir e atacar. O movimento do blackbird era tão preciso e descomunal, que para desviar de um míssil bastava "acelerar". O avião também foi usado para operações de reabastecimento de outras aeronaves, e era tão dispendioso  economicamente para o governo, mas ao mesmo tempo, poderoso, que apenas 33 foram fabricados,  e mesmo sendo usados em operações de guerra, nenhum conseguiu ser abatido.

A aeronave preencheu a imaginação de muitos jovens e, naquela época, culturalmente, teve diversas representações. O X-Jet do X-men, foi um belo exemplo dessa amplitude. O X-jet fazia viagens na velocidade da luz! O modelo é baseado no avião aqui descrito misturado com a tecnologia alienígena humanóide Shi'ar, uma raça fictícia do universo Marvel, viagem de Claremon e Cockrum, os criadores,  mas que mostra bem como a aeronave Blackbird estava ligada a idéia corrente de suprassumo da evolução tecnológica.
Não poderia, neste momento, deixar de citar a canção dos Beatles que fala sobre o Blackbird. Muitas línguas afirmam que a música não tem nada a ver com o avião, mas a pensar pelos argumentos anti-guerra dos integrantes, não há como não fazer a analogia com sua canção.

Se os anos 60, e os 70, de certa forma, representam a busca pelo moderno, o futurístico, o Blackbird representou o apice desta vontade. Um avião que exibia o cúmulo da potencialidade tecnológica humana, uma potencialidade tão absurda, mas que precisava do ser-humano para ser operado, e ao mesmo tempo, não oferecia ao ser humano um conforto orgânico capaz de transformar a máquina em algo equilibrado a sua vida, nem fisicamente, nem economicamente. Era um sonho de modernidade, uma experiência póstuma, que apenas outras gerações conseguiriam conceber.

Quem estiver interessado na localização atual dos modelos do Blackbird, clique no link abaixo: 

http://gmaps.tommangan.us/blackbirds.html

Para mais informações técnicas da acft: http://eaglesky.wordpress.com/2011/01/05/lockheed-sr-71-blackbird/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Paper Planes, A máfia e a arte.


E para quem acredita já ter visto de tudo, aqui vai uma versão abrasileirada de uma música que remete ao poder paralelo e como a criminalidade é exercitada no dia-a-dia, das grandes cidades às favelas do mundo! 
É uma canção feita pelo projeto Sabrosa Nova, cuja versão original é de M.I.A., e trás uma carga simbólica muito forte no que diz respeito a como os mecanismos capazes de disseminar o crime, no sentido legal do termo, nas sociedades podem utilizar-se dos veículos midiáticos (que são, teoricamente, mecanismos da sociedade civil, e portanto, supostamente atuam como mecanismos mantenedores do status quo), para vender ao mundo a linguagem açoitadora daquele que está à deriva, daquele que atua no limiar da diferença entre o bom e o ruim.
Bom, mas como falar em poder paralelo sem citar a Camorra, a Cosa Nostra ou até mesmo os calabrianos da 'Ndrangheta? Não há como. Estas palavras representam partes da Itália e até mesmo famílias, que carregam em seu nome a marca de associações denominadas mafiosas. 
Os mafiosi, termo utilizado no plural em italiano para se referir a quem faz parte da máfia, originário da palavra mafiusi, que vem de mafiusu, e que significou há dois séculos atrás indivíduo arrogante, sem medos   e de comportamento não padronizado,  não representam o grosso da sociedade italiana,  mas sem dúvida atravessam boa parte do imaginário do país e quiçá do mundo ocidental. Não é a toa que filmes como o Scarface e Godfather ganharam os corações de muitas mentes por aqui. Ora, quem nunca ouviu falar do grande mafioso, o paizão, aquele a quem todos se reportam na hora do sufoco, pedindo clemencia e ajuda? Ou até mesmo da mãezona, a mamma, a mulher forte e lutadora, capaz de vingar seu marido, seus filhos e parentes com as próprias mãos? Ou até mesmo das famosas acompanhantes dos mafiosos, as belas que se sentiam atraídas pelo poder de seus amantes e começavam a travar, elas mesmas, suas redes de influência? Nomes como Al Capone, Don Saro, Tomaso Buscetta, Teresa Cordopatri ou Rosetta Cutolo estão aqui para exemplificar essas figuras arquetípicas do mundo atual.
De qualquer modo, a máfia surgiu do evento tumultuado de unificação da Itália, pois até o século XIX, a mesma era praticamente uma colcha de retalhos formada por províncias independentes. Para garantir suas posses, os senhores de terra contrataram homens capazes de proteger suas terras. 
Este tiro saiu pela culatra uma vez que os capatazes passaram a controlar os camponeses e os senhores de terras. Homens divididos em clãs eram esses. Não acreditavam no poder dos reis ou dos senhores e vingavam as próprias feridas. Depois de dois séculos de consolidação, a máfia passou por alguns bocados na época de Mussolini, que a troco de uma propaganda a altura de suas pretensões políticas, resolveu travar uma guerra contra essas instituições, ao passo que as mesmas ganhavam notoriedade com seus códigos de honra, integridade e regras rígidas. Nos anos 60, a máfia italiana teve seu revival, e neste momento, o mundo começou a perceber o envolvimento cada vez maior de mulheres em tarefas como lavagem de dinheiro, contrabando e sanguinolência. O livro de Clare Longrigg acima, retrata bem este intervalo. 
Mas enquanto o sol do meio dia não aparece, vamos curtir a beleza e loucura estética do cinema e da música e sua tarefa de transformar os problemas da vida em arte! 

domingo, 12 de junho de 2011

Love Story - Filme para o dia dos namorados


Para ilustrar a imagem do dia dos namorados, trazemos aqui para vocês a bela cena do beijo entre Oliver IV e Jenny, no filme Love Story do canadense Arthur Hiller, que em 1970 ganhou o Oscar de melhor diretor pela película. O amor dos personagens deste filme misturava a proibição familiar shakespeareana, carregada de preconceitos e discriminações que impediam o livre fluir sentimental dos dois pombinhos, com as fatalidades do destino, que em um momento de infortúnio faz adoecer a mocinha, impedindo este amor de se concretizar por inteiro.
É um filme sofrido, uma história de doer, que faz chorar pela quantidade de obstáculos... bem típica, mas antológica!
Se Hair, o musical de James Rado, significou o amor-livre, a quebra das algemas sociais, a perda pitoresca de bloqueios culturais, Love Story é a semente de tudo isso, a maneira mais simples e comum de exaltar o amor, a maneira que provavelmente a sua mamãe, seu papai, sua titia, ou até mesmo seu padrasto viveram. Sem muitos elementos, mas com aquele fogo interior capaz de mobilizar parentes e moldar um caminho juntos.
O filme teve uma repercussão tão sensacional, que Erich Seagal ao mesmo tempo, escreve o livro baseado em seu próprio roteiro, e os atores conseguem uma fama magnifica após o lançamento do filme, alguns chegam a dizer que viraram estrelas da noite para o dia! Tal a magia que o filme incrustou na cabeça dos milhões de espectadores mundo afora...

E agora, para exemplificar como a euforia que gira em torno das temáticas de amor leva os seres humanos a níveis inexplicáveis de comportamento pouco são, expondo um quadro patológico de ciúme, vergonha, possessividade, hostilidade, sofrimento, ameaças, medo, angustia, raiva e retaliação, na inacreditável, mas bela doença do amor ligado ao cinema e as grandes estórias imortais, na tentativa de também buscar um pouco de imortalidade... Vamos comemorar!
É hora de amor, hora de fazer as pazes com a menininha, é hora de ouvir love songs... "show me the way" do fabuloso MacLean:





sábado, 11 de junho de 2011

Patrice Poch - Street Art and Music

Poch ficou conhecido na França, mais especificamente em Rennes, na região da Bretagne, de onde emergiu, por retratar símbolos musicais e jovens dos anos 60 e 80, na sua arte de rua, o graffiti.
Neste mês de Julho o artista irá percorrer todo o país expondo seu trabalho, num projeto que entitulou Rennes 1981. A obra é uma mistura de cinema, colagens, graffiti, música e fotografia e contará com a participação de bandas tocando o enredo das fotos e películas a serem apresentados no evento. 
Os personagens retratados nesse projeto por Patrice Poch são cantores, músicos, pessoas que fizeram parte da cena musical underground de Rennes na época cujo nome faz referência.
Poch é envolvido com música em sua região desde seus 14 anos de idade e começou a fazer stencils em 1988. No final dos anos 80, quando descobriu o graffiti, sua arte cresceu diametralmente. Em sua jornada auto-didata, o artista se enamorou pelo uso do plástico nos trens e muros dos subúrbios parisienses da era industrial. 
De lá até aqui sua arte evoluiu muito, em forma e representação. Patrice começou a se aventurar com logos de acrílico, adesivos, colagens em situ, pôsters e os já citados stencils. Uma vez que a figura esteve envolvida com a cena musical de sua cidade por 25 anos, ele tem muita vivência na mesma para compartilhar, e o tipo de arte que desenvolve, por ser bastante emocional e sem regras explícitas, favorece esse livre fluir de idéias. A arte que Poch expõe é de fato street art e não exibição... mas com estilo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vespa - a lifestyle




Jean Manzon, nos anos 60, organizou uma série de micro-reportagens sobre o papel do automóvel e demais meios locomotivos motorizados no mundo, ressaltando como as diferentes formas dos mesmos ganharem espaço significou mudanças estruturais na vida dos homens e mulheres daquela geração.
No vídeo vemos como o problema do transporte público, que afetava a relação de patrõezinhos, empregadões, bonecos e rapozas, foi amenizado pela brilhante idéia da Panauto, montadora brasileira, de fazer uma parceria, irmandade, com a Piaggio italiana, produzindo então, a primeira motocicleta feita em solo brasileiro, a Vespa.
A Vespa pois, sempre representou isso: a facilidade de percorrer as estradas em dias engarrafados, ou felicidade de se sentir livre, leve e solto no banquinho da sua motoca, ao invés de espremido dentro de um busão carregado de trabalhadores. Da mesma forma, representou a beleza e sutileza de uma motinha que de dia te livrava do trânsito e ao entardecer, te levava pra passear com suas formas arredondadas e charmosas como o pôr-do-sol.
Hoje em dia, a marca vive dos nostálgicos admiradores, que levavam suas namoradas para passear naqueles anos, como também dos adolescentes que querem um jeito rápido e cômodo de conseguir alguma liberdade de locomoção. De qualquer modo, os verdadeiros fanáticos, organizam celebrações como as do Vespa World Days.
O VWD é uma associação, um site e um clube. Reúne amantes da danada, apreciadores, colecionadores e curiosos. O club tem representantes e locais fixos por toda a europa, de Portugal a Itália e promove eventos como os rallys regionais, cujos vencedores são indicados a competir a nível continental.
Em maio deste ano de 2011, a Vespa organizou, junto com o clube, para comemorar o aniversário da marca,  uma incrível maratona, que levou vespistas de todo o mundo para o norte da Europa, numa região para a qual os apreciadores nunca antes registraram ter ido em grande número.

O evento conta com exibições de acrobacia, com pessoal treinado pela própria companhia, até fãs da marca que ensaiam sozinhos algum tipo de apresentação mais afoita para exibir no dia.
Um dos objetivos da marca, apoiando estes eventos, além de promover a difusão da cultura da qual vive é, obviamente, dar visibilidade a nova versão dos modelos S 50 2T e S 125 IE, modelo clássico inspirado nos highway icons dos anos 70, mas que em sua nova versão, vem com o headlight cromado e retangular, com o complemento dos espelhos também cromados e calibre desportivo. Disponível nas cores preto, branco e azul.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Yemen e Yes.

Hoje é dia de vermelho, preto e branco com estrelinhas verdes. Enquanto Ali Abdullah Saleh não abandona o cargo de 30 anos possuindo e governando os territórios do Yemen, os jovens dos anos 2000 saem às ruas em seu país insistindo que ele não volte nunca mais do hospital! Acontece que o jovem Saleh sofreu um acidente e foi parar nas mãos dos médicos do seu país. Pois é meus pimpolhos e pimpolhas, a pequena província está passando por dias animadíssimos. 
Estes locais cujos nomes começam com Y sempre fazem lembrar o Yes. Há uma capa de álbum da banda desenvolvida por Roger Dean, grande desenhista. O nome da bagatela artística é Close to the Edge


O álbum fala sobre limitações que a consciência pode incrustar na vivência espiritual humana caso algumas atitudes que limitam o pensar prevaleçam sobre a liberdade de espírito. Esta filosofia, da qual Jon Anderson, o vocalista, bebeu para edificar seu 5º álbum, não tem muito a ver com a religiosidade estritamente muçulmana existente na jovem Yemen. Mas tem a ver com o livro de Hermann Hesse, o famigerado Siddhartha , que era, ao seu jeito, um livro inspirado na grande mãe oriental, da qual o próprio oriente médio, faz parte. O álbum é de 72, produzido exatamente 2 anos depois de a parte sul do Yemen adotar o comunismo como modelo e 18 anos antes de se unificar com o norte, adotando os moldes da república que hoje conhecemos naquelas bandas.
                                                                

Tomara que o Yemen consiga bravamente equilibrar seus polos de diferença, e que surjam mais bandas como o Yes pra inspirar nossas narrativas. Um cheiro!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pepa, Stagg e a Moda nos anos 60 e 70.


Riera Baixa Street: Smart and Clean por playonbarcelona

Este é um bom dia para rememorar a arte juvenil de olhar para si mesmo e gritar desesperadamente pelo seu individualismo. Se a Pepa da Smart & Clean tivesse nascido quatro décadas antes, certamente estaria rica hoje... Alguns acessórios eram tão difíceis de encontrar.

Abaixo, o depoimento sobre este assunto de um jovem pouco famoso, habitante de Soho na passagem dos 60 para os 70.


Paul Stagg: Soho era percorrida por italianos. Primeiro a Itália, depois Malta e, por último, Soho. Haviam gregos, e os sapatos foram amplamente difundidos por eles. Os gregos faziam belos sapatos. Primeiro vieram os pontudos Stan's Georgious, os quais eram muito longos, então tínhamos que ser inventivos. Podíamos passar o dia inteiro no colégio, pensando em diferentes meios de deixá-los menores e recolocar suas fivelas. A maioria dos ingleses era baixinho, e assim também eram os italianos, por isso os calcanhares das botinas eram todos arrebitados. Almost slightly cowboyish: Isso daria altura e permitiria as calças se sustentarem melhor...


.. Fomos, definitivamente, a primeira geração a ter dinheiro para gastar com nós mesmos em roupas, gravações e frivolidades. A indústria musical por completo como a conhecemos hoje, evoluiu da nossa geração. Dificilmente você irá encotnrar mercado para essa indústria antes. Isso era tão hilariante quanto Max Bygraves. Nós fomos os primeiros a não nos importarmos com a guerra, e também os primeiros a faltar ao national service. Nós simplesmente deixamos essa coisa do recrutamento passar, até mesmo os Teds foram pegos por isso. O que aconteceu com eles´foi que eles eram jovens, saindo e se divertindo quando de repente "bang", capturados. Eles viviam até os 20, e de repente, já estavam crescidos aos 20. Nós nunca crescemos, todos temos ainda 18.


 Nós nos identificávamos apenas com o que era novo, sofisticado e limpo. Víviamos aos punhados nos cafés e bares de Soho. Lá nos encontrávamos, conversávamos sobre nossas idéias para trajes ou bandas, ou simplesmente nos admirávamos em nossos looks. Era narcisístico, egoísta e até feminino demais. Mas que jovem de hoje em dia não se comporta assim? Tudo bem, nós exagerávamos...





Fonte: Very British Phenomenom: Clean Living Under Difficult Circumstances (traduzido, com adaptações).